A medicina brasileira fazendo história! Diego Gaia, de 41 anos, da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), uniu as duas tecnologias, o stent e a válvula transcateter, na mesma peça, preparada na medida específica do paciente.
A Medicina já permitia o tratamento só da válvula ou só da aorta de maneira endovascular, por cateterismo, sem a necessidade de abertura do peito do paciente, procedimento que dificulta a recuperação da cirurgia. Com a inovação de Gaia, O cateter entrou por uma abertura de cinco centímetros ao lado do peito da doente levando a nova engenhoca cardíaca, de tecido e metal nitinol (liga de níquel e titânio), compactada. O acesso foi pela ponta do coração (ápice) e seguiu através do ventrículo esquerdo até o local da calcificação da aorta a ser corrigido. Lá, monitorada por aparelhos, a prótese foi liberada, expandiu-se e voltou à forma original, com auxílio de um balão, normalizando o fluxo do sangue.
Apresentada em congresso em Paris em maio, a técnica inovadora foi selecionada entre os oito melhores de mais de 1.400 trabalhos e acaba de ser premiada como “Melhor Caso do Ano – 2019” em congresso de válvulas em Londres, que será em novembro.