As bebidas energéticas foram introduzidas nos EUA no final da década de 90, dominando rapidamente o restante do mundo. São bebidas com cafeína e outros estimulantes utilizadas frequentemente por adolescentes e adultos jovens para estimular a perda de peso, melhorar a performance atlética, aumentar a energia e a concentração, ou ainda contrapor os efeitos pós-consumo excessivo de álcool.
A segurança do uso dessas bebidas permanece em debate na literatura médica. Muitos casos de alterações cardiovasculares foram publicados e, recentemente, houve aumento da procura por atendimento em emergências nos EUA envolvendo seu uso, associado ou não ao abuso no consumo de substâncias como álcool e drogas ilícitas, o que potencializa seu efeito. Podem ocorrer arritmias cardíacas (perda do ritmo normal do coração), espasmos das artérias do coração, levando à isquemia ou ao infarto agudo do miocárdio, dissecção da aorta, ou mesmo parada cardíaca.
O uso de bebidas energéticas é desencorajado pela Academia Americana de Pediatria. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos EUA recomenda que as bebidas disponíveis nas escolas sejam livres de cafeína.
Embora essa questão não seja definitivamente comprovada cientificamente, nós, cardiologistas, orientamos a velha música de Carnaval:
“Bebeu água? Não! Tá com sede? Tô! Olha, olha, olha a água mineral! Você vai ficar legal!”
Portanto, previna-se! Escolha um estilo de vida mais saudável: não fume, faça exercícios e mantenha sua avaliação cardiovascular sempre em dia!